domingo, 29 de maio de 2011

O medo de amar




No filme Comer rezar e amar, a atriz Julia Roberts, vivendo a personagem Elizabeth, passa por diversas experiências em busca de si mesma. Nessa busca, vive de maneira conflitante a questão do amor - como, aliás, todos nós – não sabendo se pode ou não entregar-se a ele. A dúvida tem bastante lógica, pois, conforme a experiência demonstra, a possibilidade de sairmos feridos de uma relação é bastante real. Não sabemos o que se passa no coração do outro. Nesse caso, o que é pior: entregar-se ou não? Enfrentar ou fugir da dor?
A mulher tem naturalmente mais facilidade do que o homem para essa “rendição”, essa entrega. Mas no filme, Elizabeth, de tanto decepcionar-se, termina seus relacionamentos antes que amadureçam, procurando evitar a dor do fim. Provavelmente vivemos isso hoje em larga escala, banalizando os relacionamentos.
Essa dor parece ser menor quando nós próprios tomamos a iniciativa, fugindo do imprevisível, da insegurança de deixar o “golpe” nas mãos do outro. Ai, porém, talvez venhamos a perder o melhor, o essencial da relação: conhecer-nos e conhecer o outro, porque a couraça do medo, da prevenção, fatalmente cortará o fluxo das energias, não deixando correr o rio da compreensão que se encontra represado dentro de nós.
Aprendemos que a vida foi feita para os lutadores e por isso exaltamos nossa consciência masculina, que, sem o equilíbrio da feminina, fica enrijecida. Somos todos assim, homens e mulheres. Criamos uma mentalidade guerreira. Estamos sempre lutando por algo. Dessa forma, nunca largamos nossas espadas.
O processo de espiritualização – tanto nos homens quanto nas mulheres – é um processo de feminização, um acalmar da mente, o cultivo do magnetismo pessoal. Segundo o Bhagavad Gita, o espírito realmente não faz nada, sendo o impulso da criação baseado na força do desejo.
Se estivermos interessados num retorno ao amor, não há outro caminho. Ainda que preservando nosso próprio mundo, o medo da dor deve ser superado pela consciência. A travessia tem que ser feita. Somente por meio da confiança é que o amor pode fluir.

4 comentários:

  1. Fantástico seu texto Vilmar.. realmente é necessário deixar o medo de lado e permitir que o amor fale mais alto!

    Beijocas super em seu coração e um lindo início de semana para vc!.. Com muito amor no coração!!

    Verinha

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  2. Oie Vilmar.

    É o que vejo por aí é que viramos um bando de medrosos, todos com medo de se entregar, de confiar, de arriscar, e com isso, um bando também de mal amados, mal resolvidos, sabe que um dia desse eu tava falando pra um amigo que achava melhor terminar uma relação enquanto ela tava no auge, com todas aquelas lentes cor de rosa em nossas vistas, porque depois é só ladeira abaixo rsss, então por que não acabar antes que tudo se estrague rsss, ai meu Deus que horror, e como vamos saber se daria certo ou não, eita covardia neh? rsss.
    Bem só posso falar por mim, ainda não, eu ainda não me permito, não tô preparada, to fechada pra balanço rsss, e falando serinho não conheço ninguém ainda que me faça arriscar, o estar bem comigo mesmo então eu vou levando.
    Mas te dou maior força, vai, procura, investe te dou maior força rssss.

    Beijos e uma ótima semana
    Carinho sempre.

    P.S Esse nosso time sei não em Vilmar, será que a gente chega em algum lugar? melhor ... será que esse ano não ficamos com o coração na mão fazendo conta pra não irmos pra segundona? rsss.
    apesar de que até que não ficamos mal ano passado rss.

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  3. Oi. Estive aqui dando ua espiada e umas lidas. muito interessante. legal mesmo. gostei. apareça por lá. abraços.

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  4. Interessante este negócio de deixar o amor fluir..
    Sempre achei que o que falta no coração humano é confiança primeiro em si mesmo, para então nos garantirmos e confiar no outro..
    quando se confia em si mesmo, nada nos segura, se vai em frente, se rende.. se fizer bem, muito bom, se não.. fortalece!


    abraço!

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