sexta-feira, 5 de agosto de 2011

"Um cometa fulgurante que se espatifou..."


Sim, eu sei que muito ou quase tudo já se falou sobre a morte anunciada de Amy Winehouse. Também sei que estou em falta com meus amigos da blogosfera, e devendo muitas visitas, tenho trabalhado quase 24 h por dia (graças a Deus!), mas com calma vou fazendo minhas visitas combinado?
Então a Amy morreu. Como era de se esperar Amy Winehouse morreu. Tanto quis, tanto buscou que acabou conseguindo. Pra ela era só uma questão de tempo.
A sua vida sempre foi um reality show macabro, onde no final, todo mundo perdeu, a começar por ela que perdeu a vida, uma vida que mal teve a chance de viver, uma vez que esteve a maior parte do tempo distante de sua consciência plena. Como, aliás, acontece com a grande maioria dos jovens de hoje. Acabaram-se os aplausos, ela não vai mais entrar bêbada no palco, esfregando o nariz com as costas da mão como quem acabou de dar um teco.
Nesse reality show que foi a sua vida, nesses tempos de you tube, a sua descida ao inferno em queda livre sem rede de proteção, pôde ser acompanhada em tempo real pelos fãs e pela mídia. “Amy não foi uma vítima. Era maior de idade e sabia muito bem o que estava fazendo” será mesmo? Particularmente acho que foi uma pobre vítima sim, pra começar, era uma pessoa doente e que precisava de tratamento. Mas como toda celebridade, tinha muita gente dependendo dela. Celebridades não têm tempo para se tratar, porque não podem simplesmente desaparecer.
Entre tantos comentários idiotas, piadas de mal gosto e delírios, algo honesto e coerente sobre Amy foi dito pelo médico norte-americano Drew Pinsky, especialista em tratamento de viciados. “Uma pessoa que chega ao estágio em que Amy chegou precisa de muitos meses de tratamento só para recuperar a consciência de que precisa se tratar”, disse. “Só que ela é uma celebridade, de quem muitas pessoas dependem para ganhar dinheiro, e parar de trabalhar é a última prioridade”.
Pisnky lembrou, como caso de recuperação bem sucedida, o ator Robert Downey Jr.: “Ele fez o certo: sumiu de cena por dois ou três anos, completou seu tratamento, e depois retornou à vida pública”.
Já houve quem dissesse que Amy deixou muito pouco pra ser lembrada. Eu discordo, na minha opinião, nos últimos 20 anos poucas cantoras me impressionaram tanto como ela, pelo seu jeito “cool” e personalíssimo de cantar, além é claro da voz de timbre bonito e forte.
É claro que ficamos especulando o quanto Amy ainda poderia produzir de bom, mas infelizmente só podemos imaginar... ela passou feito um cometa, (não o do Luan Santana por favor!) então quem viu, viu, quem não viu pode se deliciar com a Adele que também é ótima.